Na manhã de hoje, um grupo de enfermeiros saiu em caminhada e carreata desde a Escadinha do Cais do Porto até a Aldeia Amazônica com objetivo de chamar a atenção dos políticos paraenses para acelerarem a aprovação do Projeto de Lei 2.564, que institui o Piso Nacional de Salário do Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Parteiro e Auxiliar de Enfermagem, que tramita a passo de cágado pelo Senado Federal. Foi a maneira que a categoria encontrou para comemorar a data nestes tempos de incertezas, em que a morte rodeia a vida de todos os cidadãos mais do que jamais aconteceu, como lembra a estudante de enfermagem Laura Amanda Penha Barbosa, que tem se dedicado não apenas aos estudos, mas também no voluntariado para a campanha de vacinação contra a covid-19.

“A vida é muito difícil. A gente tem de estudar, batalhar pra conseguir um estágio, ao qual, para termos acesso, a gente ainda tem de pagar, porque não querem dar estágio nem gratuito nem remunerado para ninguém. Por isso, a gente ainda não conseguiu se formar para fazer o que gosta e, o que é mais importante, para ajudar ao próximo, que é nossa missão maior”, disse Laura Amanda.

Domingo passado, 9, por ocasião do Dia das Mães, Arlina Cristine, 40 anos, reforçou as palavras de seus colegas enfermeiros ao compartilhar do sentimento. Mãe da adolescente Bárbara Souza Bahia, de 13 anos, ela não esconde a crença de que estão em uma grande missão. “Eu amo o meu trabalho e me sinto feliz por proporcionar um conforto e um amparo para os pacientes. Vê-los saindo de alta é um afago no coração, é a minha realização. Neste dia das mães, o meu desejo é que a minha filha cresça e se desenvolva em um mundo sem pandemia, mas que ela entenda o que estamos vivendo e se orgulhe da mãe dela, que está dia e noite salvando vidas”, disse à Agência Pará a enfermeira, que atua Hospital de Campanha do Hangar.