Nesta quinta-feira (27), durante uma reunião de conciliação entre o sindicatos dos rodoviários de Ananindeua, Marituba e Belém e as empresas de ônibus, não houve avanço nas negociações.
A greve da categoria, que iniciou à meia noite, continua. Uma nova reunião de conciliação está agendada para sexta-feira (28), e também deve ter a participação da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob).
O dia de paralisação foi marcado por longas esperas nos pontos de parada de ônibus. Muitos usuários tiveram de utilizar o transporte alternativo para transitar nas cidades.
Na quinta-feira (27), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT8) determinou que 80% da frota continuassem circulando, sob pena de multa de R$ 150 mil por dia, em caso de descumprimento. Mas não foi o que houve. Pela manhã, poucos ônibus foram vistos pela cidade. Já à tarde havia mais veículos circulando.
O Sindicato dos Rodoviários de Belém informou que a greve continua, mas que vai cumprir a determinação da Justiça, desde que a Semob estipule como deve ser a distribuição dos veículos. A reportagem tenta contato com o sindicato de Marituba e Ananindeua.
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Belém, Everton Paixão, disse que paralisação iniciou pois a categoria rejeitou proposta da patronal em suspender por seis meses as negociações com os trabalhadores.
“Ainda querem retirar direitos conquistados, como o ticket alimentação, auxílio clínica e outras cláusulas de nossa convenção coletiva. Sendo que a categoria já está há dois anos com perdas salariais e simplesmente a patronal não sinalizou nem com as perdas. Então a categoria votou pela greve geral”, alega Paixão.
Já o sindicato patronal, o Setransbel, afirma que o setor enfrenta a maior crise da história e o cenário é igual em todo o país.