O Detran informou que tem um efetivo de 78 agentes no controle do tráfego e segurança viária ao longo do trecho do Km 0 ao Km 18, da BR-316, que é de responsabilidade do órgão, o que compreende a saída da capital paraense até à altura do município de Benevides, na Grande Belém.
Motoristas ouvidos informaram que o trânsito tem ficado mais pesado próximo ao prédio da prefeitura de Ananindeua, e também, na altura de Benevides, este último em razão de buracos na pista.
Ainda que extinta oficialmente, as pessoas seguem usando como uma parada de ônibus a lateral do início da BR-316, na saída de Belém, logo após o Entroncamento. Nesta noite de Quinta- Feira Santa (14), vans, que fazem viagens para região nordeste do estado, como Castanhal, Curuçá-Abade e Bragança, tomavam o meio-fio num vai e vem ininterrupto, atrapalhando o trânsito já intenso no início da rodovia.
A calçada, nesta noite de quinta-feira, estava tomada de ambulantes com a venda de roupas infantis até capas de aparelhos celular, refrigerantes, água e outros itens como tabuleiros e carrinho de mão com frutas, em uma feirinha improvisada e diversificada do setor informal.
Em geral, enquanto esperam os usuários, os motoristas de vans circulam abordando as pessoas com chamadas para viagens para Castanhal e Marudá, por exemplo. A viagem para Castanhal, de van, estava saindo por R$16,00; já de Castanhal para Marudá, R$ 25,00.
"Fiz três viagens hoje, estou desde cedo. Só uma para Castanhal está durando umas duas horas, duas horas e meia, por aí", disse o condutor de van da Cooperativa Paulo Titan, Eduardo Rabelo Lopes, esperando faturar de comissão, pelo dia, cerca de R$ 110,00 a R$ 120,00.
Enquanto acreditam em uma boa renda desses dias de feriado prolongado da Páscoa, os usuários só esperam chegar bem em casa. "Amanhã eu não trabalho, sou funcionário na empresa e Hiléia, em Belém", contou Marcelo Iglesias, de 23 anos, sentado em uma calçada alta, com uma grande mochila encostada nos pés, à espera do carro particular de amigos, para seguir para Bragança, sua terra natal.
"Bragança é onde tem família e tenho amigos e tem várias coisas boas praias, igarapés, peixes e a farinha de Bragança que não pode faltar", disse Marcelo Iglesias.