Hotéis, restaurantes e lugares de lazer devem ser listados pela Prefeitura, diz Jefferson Oliveira, turismólogo da Sedec, que faz parte da equipe que está organizando o documento. “Em mais de 70 anos de história do município, é a primeira vez que é feito esse levantamento de potencial turístico em Ananindeua. Estamos pesquisando desde hospedagem, gastronomia, nossas ilhas, quilombo, balneários de olho d’água, tudo o que tem a ver com lazer e recreação na cidade”, explica.
O especialista conta que por meio do IOT, Ananindeua deve entrar na rota do turismo no Brasil, atraindo mais visitantes e gerando mais emprego e renda. “Esse inventário vai nos permitir entrar no mapa turístico do país. Na região metropolitana, temos Belém e Marituba, que já está inserida nesse mapa, e Ananindeua, que está no meio das cidades, está fora do dele”, continua Jefferson.
Segundo ele, quatro balneários já foram identificados para o documento. “O processo desse inventário envolve a pesquisa do potencial, que é a produção do IOT, o Conselho de Turismo que foi inaugurado com doze representantes de cada segmento turístico”, finaliza.
Região das Ilhas
As belezas naturais da ilha é um trunfo para a Prefeitura de Ananindeua que pretende colocar a região no mapa do turismo nacional. Jefferson Oliveira, turismólogo da Prefeitura, conta que João Pilatos e demais ilhas, têm potencial de atrair pessoas de fora, fomentando a economia da comunidade. “A região das ilhas oferece lazer, receptividade e hospitalidade que os moradores têm, além dos rios que cercam as ilhas. Não só quem é de Ananindeua não conhece, como também a região metropolitana, mas todos precisam conhecer”, comenta.
Para o especialista, a ilha não necessita de uma grande estrutura para receber turistas, mas que a simplicidade de suas casas e costumes ribeirinhos são os principais atrativos. “Não precisa de muito. As pessoas vêm para ilha apenas para contemplar a natureza e refletir olhando para o rio; isso é turismo. Os moradores estão começando a entender que a própria casa é um bom local para receber os visitantes, não sendo necessário, de imediato, termos um hotel. A partir do momento que esse morador oferece um café da manhã, um quarto e o seu espaço para um turista, ele pode negociar uma diária com esse visitante. E esse turismo já gera renda”, finaliza.
O Inventário
O Estado do Pará, através da Secretaria de Estado de Turismo, produz e atualiza continuamente o Levantamento da Oferta Turística do Estado, identificando recursos paisagísticos, culturais, humanos e financeiros para o desenvolvimento sustentável e duradouro desta atividade.
O Inventário é um documento basilar que consiste no levantamento, identificação e registro dos atrativos turísticos, dos serviços e equipamentos e da infraestrutura de apoio ao turismo como instrumento base de informações para fins de planejamento, gestão e promoção da atividade, possibilitando a definição de prioridades para os recursos disponíveis e o incentivo ao desenvolvimento sustentável.
Um inventário é, sobretudo, um documento claro, objetivo e substancial para: consulta de gestores públicos, empresários, pesquisadores, profissionais da área e estudantes, que oferece dados confiáveis sobre a oferta turística de um destino, bem como permite uma análise econômica e seu efeito multiplicador no desenvolvimento municipal.
Em síntese, é um diagnóstico real do potencial turístico de um município, seus atrativos e características, e também das suas deficiências, pontos críticos e gargalos, permitindo à gestão pública municipal intervir nos aspectos chaves e, assim, promover ajustes necessários ao desenvolvimento socioeconômico local.