O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma “operação militar especial” no país vizinho. Há relatos de explosões em Kiev, a capital ucraniana, e também nas cidades de Kharkiv, Dnipro e Odessa. O serviço fronteiriço da Ucrânia informou que tropas russas já estão em Kiev.
Em um dos vídeos é possível ver as tanques e helicópteros cruzando a fronteira com o país.
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Em outras imagens é possível ver os bombardeios em cidades da Ucrânia.
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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia anunciou no Twitter que o exército da Ucrânia prendeu dois militares russos em Yampol.
Até a última atualização desta reportagem, pelo menos 8 pessoas morreram e 9 ficaram feridas em consequência de bombardeios russos. A informação foi divulgada por um assessor do ministro ucraniano de Assuntos Internos, Roman Mikulec, à agência de notícias.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que as forças do país estão usando “armas de alta precisão” e que os bombardeios têm como alvos instalações e equipamentos dos militares ucranianos. Não especificou quais são essas armas.
Em pronunciamento na televisão russa, Putin disse que a ação militar terá como objetivo proteger a população das províncias de Donetsk e Luhansk, situadas na região fronteiriça de Donbass. Mas acrescentou que confrontos entre forças russas e ucranianas serão “inevitáveis” e “só questão de tempo”.
Vladimir Putin disse em sua mensagem à população russa que não pretende invadir a Ucrânia, mas sim “desmilitarizar e desnazificar” a região que a Rússia considera independente. Pediu para os soldados ucranianos entregarem suas armas e deixarem a zona de batalha. Afirmou que a responsabilidade por eventual sangue derramado será do regime ucraniano. E acrescentou: “A Rússia agirá imediatamente caso haja interferência estrangeira”.
O pronunciamento de Putin durou cerca de 40 minutos. Estava gravado. Sua transmissão foi feita no momento em que o Conselho de Segurança da ONU realizava reunião. Veio minutos depois de o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, ter feito um apelo para que o presidente russo “pare suas tropas”.